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1 fevereiro 2019 | 15h20

Bolsas de pós-graduação para estudantes brasileiros negros

Fundação Lemann, W.K.Kellogg Foundation e Fundo Baobá oferecem oportunidades em universidades como Harvard, Columbia, Stanford e MIT

A partir de fevereiro de 2019, a Fundação Lemann e a W.K. Kellogg Foundation criam um fundo patrimonial de US$ 2 milhões (cerca de R$ 7,5 milhões) que será administrado pelo Fundo Baobá, instituição dedicada a fomentar a equidade racial no Brasil.

Cinco por cento dos rendimentos será destinado a bolsas de estudo para estudantes negros em programas de pós-graduação em áreas como saúde, educação e gestão pública das universidades de Harvard, Columbia, Stanford, MIT, Illinois de Urbana-Champaign (UIUC) e de Oxford, que são parceiras do programa Lemann Fellowship, da Fundação Lemann. A iniciativa Lemann Fellowship oferece há mais de 10 anos bolsas individuais e oportunidades de desenvolvimento profissional para quem trabalha com impacto social. A expectativa é que, a partir de 2020, estudantes tenham todas as despesas anuais custeadas.

“Acreditamos que para garantir igualdade de oportunidades é essencial que o Brasil se transforme no país justo e desenvolvido que todos buscamos. A criação de um fundo patrimonial dedicado à equidade racial no nosso programa Lemann Fellowship é uma das iniciativas que promovemos para colaborar com esse objetivo.”
Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann

“É um prazer assinar esse comprometimento junto à Kellogg e ao Baobá, duas organizações com um trabalho robusto e consolidado na promoção de equidade racial”, completa Mizne.

Como funciona o fundo patrimonial

O recurso doado pela Fundação Lemann compõe o fundo patrimonial que é resultado de um compromisso de contrapartida firmado pela W.K. Kellogg Foundation com o Fundo Baobá em 2011. Por meio de práticas jurídicas, administrativas e de gestão pautadas na transparência, o Fundo Baobá está construindo um Fundo Patrimonial formado por doações contínuas de empresas, organizações e pessoas físicas. Essas doações recebem uma contrapartida da Fundação Kellogg, sendo de 3 para 1 em caso de doações nacionais e 2 para 1 em caso de doações internacionais, em um processo conhecido por matchfunding.

“O Baobá é a única organização brasileira que opera com exclusividade em prol da equidade racial, mobilizando pessoas e recursos, no Brasil e no Exterior, com vistas a apoiar projetos que promovam a justiça social através de organizações afro-brasileiras da sociedade civil”, explica Selma Moreira, Diretora Executiva.

“As experiências adquiridas em instituições internacionais de excelência são elementos que ainda faltam no processo de desenvolvimento de capacidades de estudantes brasileiros negros. A parceria estabelecida entre Fundo Baobá, W.K. Kellogg Foundation e Fundação Lemann é de suma importância para a população negra e a sociedade brasileira como um todo porque reitera que as transformações sociais se sustentam caso haja melhor e maior investimento na educação, na interculturalidade e na ampliação das redes de contatos”, afirma Fernanda Lopes, Diretora de Programa do Fundo Baobá.

Promoção da diversidade

A criação desse fundo patrimonial faz parte de uma série de ações da Fundação Lemann para promover diversidade em seus programas de formação de liderança. A organização acaba de lançar, também, o programa Ponte de Talentos, iniciativa inédita no Brasil que prepara, gratuitamente, estudantes para os processos de admissão em universidades americanas com o objetivo promover equidade racial e econômica.

Além disso, a Fundação Lemann está criando projetos com suas universidades parceiras no exterior para que a seleção de bolsistas brasileiros também priorize a diversidade racial e econômica. Os projetos serão anunciados ainda em 2019.

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