Transformar o Brasil é possível quando se aposta no potencial das pessoas. Essa é a convicção que move a Fundação Lemann e um ecossistema de impacto que trabalham, todos os dias, para construir um país mais justo, plural e desenvolvido para todos.
Em 2021, traçamos uma visão ambiciosa: em dez anos, construir um ecossistema capaz de promover mudanças reais e duradouras. Ao final do primeiro ciclo, celebramos conquistas importantes. Entre elas, a alfabetização de 65% das crianças ao fim do 2º ano do Ensino Fundamental, resultado de iniciativas que promovem uma educação de qualidade e com equidade.
A aprendizagem também teve avanços positivos nos Anos Finais do Ensino Fundamental. Mais de 800 mil estudantes foram impactados diretamente, alcançando níveis adequados de aprendizagem de 36,5% em Língua Portuguesa e 14,5% em Matemática, segundo o SAEB 2023. Ao mesmo tempo, mais de 60,7 mil escolas públicas brasileiras passaram a contar com internet de qualidade, ampliando o acesso a conteúdos, tecnologias e novas metodologias.
O investimento em pessoas vai além da sala de aula. Desde 2021, mais de 8 mil lideranças com a cara do Brasil foram apoiadas em diversos programas de formação e desenvolvimento. São pessoas que, conectadas em rede, impulsionam transformações em diferentes áreas de impacto social por todo o país.
No cenário internacional, foram concedidas 182 bolsas de estudo no exterior em parceria com universidades de excelência como Harvard, MIT, Columbia, Oxford e Stanford, sendo 29 bolsas voltadas exclusivamente a estudantes negros e indígenas. Esses talentos retornam ao Brasil com novos repertórios e fortalecem iniciativas em educação, equidade e inovação.
Todas essas conquistas são fruto de uma atuação colaborativa e estratégica. Um ecossistema comprometido com evidências, inovação e, acima de tudo, com as pessoas. Seguiremos trabalhando para enfrentar desafios estruturais e contribuir de forma consistente para um Brasil mais equitativo, inclusivo e desenvolvido para todas as pessoas.
Educação com Equidade e Inovação
Por meio da Parceria pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC), presente em 18 estados e 3.594 municípios, a taxa de crianças leitoras ao final do 2º ano do Ensino Fundamental chegou a 69% em 2024 — um crescimento de 41 pontos percentuais desde 2021. Programas como o Educar pra Valer complementam esse avanço, apoiando redes municipais com formação de professores, avaliação diagnóstica e uso estratégico de dados pedagógicos.
Municípios como Princesa Isabel e Queimadas, na Paraíba, superaram 95% de taxa de alfabetização, provando que, com apoio técnico consistente e mobilização local, é possível garantir o direito à aprendizagem de todas as crianças. As ações também se expandiram para o desenvolvimento curricular com recorte racial e a implementação de guias de combate ao racismo.
Conectividade e Inteligência Artificial
O número de escolas públicas conectadas à internet de alta velocidade saltou de 3.100, em 2021, para mais de 60 mil em 2024, por meio da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. A iniciativa, realizada em parceria com o MEC e organizações como a MegaEdu, ampliou o acesso à infraestrutura digital e fortaleceu a gestão pedagógica e tecnológica nas redes de ensino.
Esse salto tecnológico viabilizou também a integração da inteligência artificial (IA) à educação pública. Em 2024, foi lançada a Aliança de IA para a Educação, com foco em tutoria personalizada, ensino de Matemática, avaliação formativa e apoio docente. O objetivo é oferecer recursos que tornem o ensino mais individualizado, engajador e eficaz.
Desenvolvimento de Lideranças Diversas e Transformadoras
A Rede de Líderes da Fundação Lemann alcançou mais de 700 integrantes em 2024, com uma composição de 50% mulheres e 30% pessoas negras ou indígenas. Essas lideranças atuam em áreas como educação, gestão pública, saúde, meio ambiente e inovação, influenciando políticas e práticas com base em evidências e compromisso social.
Programas voltados à equidade racial ganharam protagonismo. A Rede de Mulheres Negras Líderes no Setor Público da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) impactou 69 mulheres em cargos estratégicos, oferecendo formação, mentoria e redes de apoio. Já o Programa de Lideranças Negras na Gestão, em parceria com a Fundação João Pinheiro, fortaleceu gestores públicos com foco em transformação institucional e diversidade.
No campo internacional, a concessão de mais de 180 bolsas de estudo em universidades como Harvard, MIT, Columbia, Oxford e Stanford reforçou o compromisso com a formação de lideranças brasileiras com visão global. Destas, 29 foram destinadas exclusivamente a pessoas negras e indígenas, por meio do programa Alcance e parcerias com iniciativas como o Chevening.