Confiança, educação e colaboração: as chaves para um país digital
Por Guilherme Cintra
Na Estônia, 99% dos serviços públicos são digitais. Todos os anos, o país sedia a e-Governance Conference, com participantes do mundo todo, para trocar aprendizados sobre governança digital. O país do norte da Europa, de fato, tem muito o que contar: lá, os cidadãos podem encontrar online os caminhos para demandas que surgem ao longo da vida, desde, por exemplo, formalizar o casamento até planejar a rotina de saúde da gestante e do futuro bebê. Todos os serviços são baseados nas necessidades concretas do cidadão.
Embora distante (e muito diferente) do Brasil, a experiência da Estônia pode nos inspirar. Se o Brasil tem cerca de 203,1 milhões de habitantes, são cerca de 1,4 milhão de estonianos. O PIB per capita de lá é 2,5 vezes maior que o nosso, e as dimensões são incomparáveis – a Estônia é um pouco maior do que o estado do Rio de Janeiro. Ainda assim, o que sustenta a digitalização do governo pode se resumir a três elementos que superam as diferenças: confiança, educação e colaboração.
Abaixo, conto como o país se valeu da educação para formar desenvolvedores e cidadãos aptos a lidar com as tecnologias e confiantes de que a digitalização pode ser uma ferramenta para a redução de desigualdades, da corrupção e para a melhoria da eficiência dos serviços públicos.
