14% das escolas começam a incluir história e cultura afro-brasileira em seus currículos

Apresentação dos dados no Lemann Dialogue 2023 na Universidade de Illinois revela que redes de ensino iniciaram a revisão de seus currículos para abranger história e cultura afro-brasileira.

A inclusão da história e cultura afro-brasileira nos currículos, obrigatória desde 2003, ainda não é realidade em grande parte das redes públicas de ensino no Brasil. Um estudo preliminar da Fundação Lemann analisou 22 redes de ensino do país e constatou que apenas 14% delas iniciaram a revisão dos currículos baseada na legislação pertinente.

O levantamento também verificou que 50% das redes analisadas coletam e examinam dados raciais, no entanto, somente cinco delas utilizam essas informações para planejar políticas e intervenções. A pesquisa também revelou que 90% das redes oferecem treinamentos em equidade étnico-racial, mas apenas duas o fazem de forma contínua.

Os resultados da pesquisa sobre indicadores de equidade racial serão apresentados pela primeira vez no evento “Lemann Dialogue 2023 – Caminhos para Recuperação”, que ocorrerá nos dias 2 e 3 de maio, em Champaign, nos Estados Unidos. O evento é organizado anualmente por membros dos centros de pesquisa apoiados pela Fundação Lemann em quatro universidades americanas: Universidade de Illinois, Universidade de Columbia, Universidade de Harvard e Universidade de Stanford.

O “Lemann Dialogue 2023” também contará com debates sobre Justiça Racial, com a participação de Zara Figueiredo Tripodi, Márcia Lima e Jurema Werneck, representantes do Ministério da Educação, Ministério da Igualdade Racial e Anistia Internacional Brasil, respectivamente. Além disso, o encontro discutirá estratégias de recuperação do Brasil em áreas como economia, empreendedorismo, meio ambiente e saúde.

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