6º Seminário Centro Lemann
Experiências bem-sucedidas no ensino de ciências e práticas inovadoras deram a tônica do encontro
O 6º Seminário Centro Lemann, com a Universidade Stanford e o Centro Lemann, aconteceu no dia 8 de agosto de 2017 e foi uma oportunidade de discutir práticas e abordagens inovadoras no ensino de ciência e novas formas de pensar a formação de professores.
Na mesa de abertura, Denis Mizne (nosso diretor executivo), Martin Carnoy (diretor do Centro Lemann de Stanford), Paulo Blikstein (professor na Escola de Educação da Universidade Stanford e codiretor do Centro Lemann) e Jorge Paulo Lemann (presidente do nosso Conselho) deram as boas-vindas para todos. Jorge Paulo aproveitou para agradecer e celebrar a parceria com a Universidade Stanford que, até agora, já formou centenas de brasileiros com o apoio da Fundação Lemann.
“Igualdade de oportunidades é o que precisamos para um Brasil melhor.”
Jorge Paulo Lemann
Ensino de ciências: desafios, boas experiências e aprendizados
No começo do seminário, Paulo Blikstein explicou como o papel da educação em ciência mudou ao longo dos anos. Hoje, ela está no dia a dia de toda sociedade e precisa ser trabalhada a partir do contexto e da realidade dos alunos.
Neste sentido, conhecemos boas experiências com os projetos de Rodrigo Silva (Universidade Tecnológica do Paraná) e Andre Raabe (Departamento de Ciência da Computação da Universidade do Vale do Itajaí). Rodrigo mostrou uma experiência de “robótica aberta” realizada em 28 escolas municipais da região Sul.
Já Andre falou sobre o ensino da programação a partir do pensamento computacional. Ele conduz diversos projetos realizados pelo LITE (Laboratório de Inovação Tecnológica na Educação da Univali). Entre as práticas de inovação, estão brinquedos de programar para a educação infantil.
“Levar a computação à educação pública é uma questão de justiça social e um direito de aprendizagem.”
Andre Raabe
No nível do ensino superior, Eduardo Zancul - da Universidade de São Paulo - falou sobre a evolução do ensino de engenharia e espaços colaborativos e “mão na massa” que estão ajudando a valorizar práticas na área. Tivemos ainda aprendizados sobre abordagens modernas no ensino de ciência com experiências internacionais com Tamar Fuhrmann, da Escola de Educação da Universidade de Stanford.
Engin Bumbacher, também da Escola de Educação de Stanford, apresentou o experimento “Lab na Nuvem”. A ideia é realizar e visualizar experimentos científicos que podem ser feitos 100% no mundo virtual através da nuvem, sem a necessidade de muitos recursos e estruturas tecnológicas. O último painel focado em inovação no ensino de ciências foi com o professor Bryan Brown. Ele falou sobre o trabalho feito com alunos da periferia baseando o aprendizado na necessidade e no contexto dos alunos.
“A necessidade conduz ao aprendizado e leva ao entendimento.”
Bryan Brown
PED Brasil - Programa de Especialização Docente
O Programa de Especialização Docente (PED Brasil) é desenvolvido pelo Centro Lemann de Stanford, coordenado por Rachel Lotan e Paula Louzano e apoiado pela Fundação Lemann. O objetivo principal é implementar um programa de formação baseado nas melhores práticas ao redor do mundo, conectando pesquisas e métodos de ensino e aprendizagem da matemática à formação docente e ao currículo das escolas. Neste momento, nove instituições implementam, em modo piloto, o PED Brasil.
Entender o aprendizado como uma atividade social que requer interações, garantir a qualidade e a equidade na sala de aula e transpor a teoria para a prática na sala de aula são alguns dos princípios do programa. Durante a tarde, todos os participantes vivenciaram essas propostas de ensino e aprendizagem do programa com oficinas e exercícios “mão na massa”.