Mês do Orgulho: por direitos e igualdade
Uma sociedade que respeita a diversidade e celebra as diferenças dá passos importantes para a garantia da dignidade humana, independentemente de marcadores sociais como raça, cor, religião, identidade de gênero, idade, origem, classe social e orientação sexual. Incluir essa pauta nos currículos e políticas educacionais pode contribuir para que todos os alunos aprendam e cresçam respeitando o próximo, sem medo de discriminação. Esse é também um passo crucial para preparar futuros líderes empáticos e conscientes, que valorizem a equidade e a garantia de direitos universais, e que busquem promover mudanças estruturais.
Um dos temas fundamentais da diversidade diz respeito à orientação sexual e à identidade de gênero. E é para garantir que todas as pessoas tenham os mesmos direitos e oportunidades, contra discriminação e violências, que todos os anos, durante o mês de junho, acontece mundialmente o Mês do Orgulho LGBTQIAP+, que celebra as lutas e conquistas da comunidade. A palavra “orgulho” é uma afirmação positiva da identidade e da dignidade dessas pessoas, como um antídoto para o estigma e a vergonha.
A data remete Stonewall, uma série de atos que ocorreram em junho de 1969 em Nova York, quando bares e outros espaços sociais frequentados por pessoas LGBTQIAP+ eram alvos de agressivas batidas policiais. Na madrugada de 28 de junho de 1969, o bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, sofreu um desses ataques, o que gerou uma forte resistência liderada por ativistas como Stormé DeLarverie e Marsha P. Johnson. O evento desencadeou protestos que duraram vários dias e marcaram um ponto de virada na luta pelos direitos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo, assexuais, pansexuais, entre outras (o + da sigla), inspirando a mobilizações em todo o mundo. Desde então, anualmente acontecem movimentos em diversos países, que incluem paradas, festivais, conferências, atividades educativas e culturais.
No Brasil, a data tem uma grande importância, pois esse é um país que enfrenta uma enorme discriminação, violência e marginalização - por anos consecutivos, segue sendo a nação que mais mata pessoas transexuais no mundo, por exemplo. Por isso, manifestações, reflexões e celebrações durante esse mês são essenciais para dar visibilidade às lutas das pessoas LGBTQIAP+. É um momento para reforçar a necessidade de políticas públicas que garantam direitos, proteções e equidade para todos.
A pluralidade e a diversidade são pilares essenciais para uma sociedade próspera e equilibrada, e promovem o enriquecimento cultural, inovação, justiça social, tolerância, desenvolvimento econômico, além de fortalecer a identidade nacional.