Ensino híbrido é destaque na plataforma Aprendendo Sempre
A iniciativa disponibiliza materiais gratuitos e cases sobre o tema para apoiar professores e gestores.
O erro mais comum ao falar de ensino híbrido é tratá-lo como a combinação de atividades entre alunos que estão presentes na escola e os que estão online, ou, ainda, confundi-lo com o ensino remoto em ambientes digitais, experiência que se difundiu durante a crise da Covid-19. A plataforma Aprendendo Sempre, criada em 2020 por mais de 20 organizações para apoiar professores, gestores e famílias durante a pandemia, oferece gratuitamente conteúdos que esclarecem o conceito desta abordagem educacional. No ensino híbrido, as experiências que ocorrem no espaço online e no presencial são integradas, mas cada uma tem suas especificidades, de modo que elas se complementam e ampliam as possibilidades de aprendizagem.
A especialista Lilian Bacich, diretora da Tríade Educacional, doutora em psicologia escolar e desenvolvimento humano e uma das maiores referências no estudo de ensino híbrido no Brasil, foi responsável pela curadoria do material disponibilizado na Aprendendo Sempre e participará de uma live no dia 03 de março, às 11h, no Facebook da Fundação Lemann, para falar de ensino híbrido, que ganhou projeção na pandemia com a necessidade de conciliar aulas presenciais e atividades remotas, com foco na personalização das experiências de aprendizagem.
"Se já entendemos que cada estudante tem um ritmo de aprendizado, não podemos acreditar que há apenas uma abordagem educacional. O ensino híbrido combina as experiências da sala de aula com as experiências do uso de recursos digitais, mesmo aqueles off-line. Ele coloca o estudante no centro do processo de aprendizagem, valorizando seu protagonismo e buscando o desenvolvimento da autonomia, de acordo com cada faixa etária", explica Bacich.
A área dedicada ao tema do ensino híbrido na plataforma Aprendendo Sempre traz duas trilhas distintas - uma para professores e outra para gestores educacionais - com soluções para os principais desafios na implementação da abordagem nas escolas. Também reúne exemplos concretos de estratégias utilizadas no ensino híbrido, como é o caso da "sala de aula invertida", em que um tema é primeiro estudado pelo aluno em casa com uso de ferramentas digitais e depois aprofundado em sala de aula com o professor.
Desafios e avanços
A boa notícia é que, com a reabertura gradual das escolas, o ensino híbrido tem permitido que os professores combinem a utilização dos recursos digitais que conheceram no período de pandemia com os momentos presenciais, construindo estratégias para a redução das defasagens geradas pela crise em cada ciclo.
Presente no Brasil pelo menos desde 2014, no formato 100% presencial, como mostra pesquisa do Instituto Península em parceria com a Fundação Lemann, o ensino híbrido combina o uso de recursos digitais com propostas que colocam o estudante no centro do processo. E ele pode se manter no pós-pandemia. No entanto, ainda há desafios a serem superados.
O primeiro deles está relacionado às condições desiguais de infraestrutura das escolas. Pesquisa do Datafolha encomendada pela Fundação Lemann em outubro do ano passado mostra que 73% dos educadores afirmaram que passarão a usar mais a tecnologia pós-pandemia e 55% disseram ser imprescindível ter escolas conectadas em 2021. No entanto, menos da metade das escolas brasileiras tem acesso adequado à internet.
O segundo desafio é com relação à formação contínua de professores e gestores educacionais sobre tecnologias digitais. Na mesma pesquisa Datafolha, apenas 3% dos educadores declararam se sentir preparados para dar aulas com tecnologia. Os conteúdos sobre ensino híbrido apresentados na plataforma Aprendendo Sempre buscam apontar caminhos para o aprimoramento da abordagem no país.
Sobre a plataforma Aprendendo Sempre
A plataforma "Aprendendo Sempre" (https://aprendendosempre.org/
Mais informações:
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